Terça-feira, 8 de Abril de 2008
Seja o primeiro a ter acesso a bilhetes para o dia da estreia do Quidam!
18 Abril - 21h30
Grand Chapiteau
Passeio Marítimo de Algés
Bilhetes à venda no
site oficial do Cirque du Soleil, ou através 21 761 60 66.
O director artístico do "Quidam", o canadiano Richard Dagenais, dá uma entrevista ao SAPO Fama.
Leia a entrevista
aqui.
Sexta-feira, 7 de Março de 2008
Quidam, pronunciado “key-dam”, vem do latim e significa transeunte anónimo, uma figura solitária numa rua qualquer, alguém que passa à pressa, que se sente sozinho no meio da multidão. Quidam, dirigido por Franco Dragone, transforma um mundo anónimo num espaço de esperança e de relacionamentos.
Com mais de 50 artistas de mais de dez países, esta produção é uma excitante combinação de arte acrobática, mestria técnica, criações extravagantes e uma inspiração musical excepcional, harmoniosamente entrelaçadas por um fio emocional dramático. Quidam apresenta a German Wheel, Banquine, Spanish Webs, Diabolos, Aerial Contortion in Silk, e, obviamente, os aclamados Crazy Clowns. Uma impressionante banda sonora tocada ao vivo, resulta de misturas culturais eclécticas, instrumentos de corda clássicos e sintetizadores, misturadores e guitarras.
Apresentado sob o ambiente único do Grand Chapiteau, Quidam é verdadeiramente uma experiência única do Cirque du Soleil.
Quebrando a tradição, o Quidam apresenta a rede espanhola como um acto em grupo. Os artistas voam pelo palco, presos a um transportador, criado especialmente para este fim, a que se chamou teleférico. De repente, é como se o tempo parasse quando os acrobatas, alternadamente ou em grupo, mergulham no vazio, suspensos apenas pelas cordas enroladas às suas cinturas ou tornozelos.
Lembra-se da alegria que sentia a saltar à corda com os seus amigos quando era criança? Retirando da dança, das acrobacias e da arte da manipulação a sua inspiração, o Cirque du Soleil transformou esta conhecida brincadeira de crianças num feito coreográfico. À medida que as cordas marcam o ritmo, um grupo de 20 acrobatas, dotados de excepcional capacidade de coordenação e ritmo, executam uma corrente seguida, a solo, em duos ou em grupo, de saltos e dança.
Iluminada no palco, a graciosa silhueta da artista cativa imediatamente a imaginação. Apoiada e equilibrada sobre varas, a artista move-se elegantemente numa série de posições instáveis e de grau de complexidade sempre crescente.
Proveniente de um exercício de ginástica da Alemanha, a roda alemã é elevada a um grau completamente diferente no espectáculo Quidam. Shayne transforma-se num raio humano enquanto roda, gira, rodopia e manobra a roda, executando saltos mortais e acrobacias que desafiam as leis da gravidade.
O diablo, ou ioiô chinês, é uma brincadeira de crianças que os chineses elevaram a forma de arte. Quatro jovens artistas chineses, cada um com dois paus ligados por um fio onde um carretel é atirado, equilibrado e manuseado de forma quase mágica, tentam superar-se entre si neste jogo de destreza e talento. Este acto foi premiado com a Medalha de Ouro na edição de 1995 do Festival do Cirque de Demain, em Paris.
O acto Banquine é uma exibição da espantosa agilidade do corpo humano. Quinze artistas realizam sequências de acrobacias e pirâmides humanas espectaculares, surpreendendo o público com os seus movimentos perfeitamente sincronizados. Banquine é proveniente da tradição acrobática italiana e a sua origem data da Idade Média. Este acto absolutamente impressionante foi premiado com um Palhaço de Ouro na edição de 1999 do Festival Internacional de Circo de Monte Carlo.
Intensidade, força e graciosidade combinam-se à medida que Anna se torna una com a coluna de tecido vermelho que a suporta e embala. Ao som de uma música inesquecível, tecido e contorcionista entrelaçam-se, separam-se e voltam a unir-se. O tecido translúcido abraça ocasionalmente o corpo da artista, criando um efeito visual de uma impressionante beleza.
Quinta-feira, 6 de Março de 2008
Sem nunca perderem contacto um com o outro, dois artistas fortes e flexíveis movem-se de uma forma quase imperceptível, assumindo posições que seriam impossíveis sem um sentido de equilíbrio extremo. Asa e Jerôme apelam à sua sensibilidade e poder de concentração na busca por uma perfeita harmonia. O acto é testemunho da beleza natural do corpo humano, permitindo-lhes ganhar um Palhaço de Prata, em 2000, no Festival Internacional de Circo de Monte Carlo.
A criação do Cirque du Soleil
Tudo começou em Baie-Saint-Paul, uma pequena cidade próxima de Quebeque, no Canadá. Por essa altura, início da década de 1980, um grupo de coloridos personagens vagueava pelas ruas em cima de andas, a fazer malabarismos, a dançar, a cuspir fogo e a tocar música. Eram conhecidos por Les Échassiers de Baie-Saint-Paul (os Caminhantes em Andas de Baie-Saint-Paul), um grupo de teatro de rua fundado por Gilles Ste-Croix. Já nessa época, a cidade ficava impressionada e intrigada com os jovens artistas, que incluíam Guy Laliberté que acabou por se tornar o fundador e director do Cirque du Soleil.
A companhia acabou por formar o Le Club des Talons Hauts (O Clube do Tacão Alto) e, mais tarde, em 1982, organizou La Fête Foraine de Baie-Saint-Paul, um evento cultural onde os artistas de rua de todos os cantos do mundo se encontravam para trocar ideias e alegrar as ruas da cidade durante alguns dias. A Fête Foraine repetiu-se em 1983 e 1984. O Club des Talons Hauts começou a ganhar notoriedade e Guy Laliberté, Gilles Ste-Croix e os seus seguidores, começaram a alimentar um sonho aparentemente impossível: criar uma companhia de circo no Quebeque que viajasse por todo o mundo.
Em 1984, a Cidade do Quebeque celebrava o 450º aniversário da descoberta do Canadá por Jacques Cartier e precisavam de um espectáculo que levasse as festividades a todos os pontos da província. Guy Laliberté apresentou a proposta de um espectáculo chamado Cirque du Soleil (Circo do Sol) e conseguiu convencer os organizadores. Desde então, o Cirque du Soleil nunca mais parou!
Alguns dados estatísticos
Em 1984 73 pessoas trabalhavam para o Cirque du Soleil. Actualmente, este é um negócio que emprega mais de 3.800 pessoas por todo o mundo, incluindo cerca de 1.000 artistas.
Só na Sede Internacional de Montreal trabalham mais de 1.700 pessoas.
A idade média dos empregados é 35 anos.
Os funcionários e artistas do Cirque representam mais de 40 nacionalidades e falam 25 línguas diferentes.
Desde 1984, as digressões dos espectáculos do Cirque du Soleil já fizeram cerca de 250 paragens em mais de 100 cidades por todo o mundo.
Mais de 70 milhões de espectadores já viram um espectáculo do Cirque du Soleil.
Perto de 10 milhões de pessoas vão ver um espectáculo do Cirque du Soleil em 2007.
Desde 1992 que o Cirque du Soleil não recebe quaisquer donativos de sectores públicos ou privados.
Espectáculos do Cirque du Soleil
Em 2007, o Cirque du Soleil vai apresentar quinze espectáculos diferentes em várias partes do mundo:
Digressões:
Varekai (Digressão na Europa)
Dralion (Digressão na Japão)
Quidam (Digressão na América Central)
Alegría (Digressão na América do Sul)
Corteo (Digressão na América do Norte)
KOOZA (Digressão na América do Norte)
Arena Show
DELIRIUM (Digressão pela Europa a partir de Setembro de 2007)
Saltimbanco (Digressão na América do Norte)
Espectáculos residentes
“O” (Las Vegas, Nevada)
Mystère (Las Vegas, Nevada)
ZUMANITY, O outro Lado do Cirque du Soleil (Las Vegas, Nevada)
La Nouba (Orlando, Florida)
KÀ (Las Vegas, Nevada)
LOVE (Las Vegas, Nevada)
Wintuk (Teatro de Madison Square Garden, Nova Iorque - a partir de Novembro de 2007)
Outros espectáculos do Cirque du Soleil desde 1984:
Cirque du Soleil
La Magie continue
We Reinvent the Circus
Nouvelle Expérience
Fascination
Um projecto conjunto com o Circo Knie
Teatros residentes
No Walt Disney World® Resort, em Orlando, Florida (La Nouba)
Na Treasure Island, em Las Vegas, Nevada (Mystère)
No Bellagio, em Las Vegas, Nevada (“O”)
No New York New York Hotel & Casino, em Las Vegas, Nevada (ZUMANITY)
No MGM Grand, em Las Vegas, Nevada (KÀ)
No The Mirage Resort, em Las Vegas, Nevada (LOVE)
No Teatro de Madison Square Garden, em Nova Iorque (Wintuk em Novembro de 2007)
Prémios mais importantes
Emmy, Drama Desk, Bambi, Ace, Gémeaux, Gemini, Félix e uma Rosa de Ouro de Montreux.
Áreas de actividade
O desafio do Cirque du Soleil é continuar a crescer a um ritmo estável, ao mesmo tempo que oferece aos seus criadores a liberdade de sonharem o impossível e a capacidade de o concretizarem. O Cirque du Soleil é, em primeiro lugar, um criador de conteúdos criativos para uma ampla variedade de projectos únicos. A actividade principal do Cirque du Soleil continua a ser a produção de espectáculos ao vivo e a apresentação dos mesmos em grandes tendas ou teatros. Desde 1984, cerca de 100 criadores dos quatro cantos do mundo contribuíram com os seus talentos para este fim.
Para além da criação de espectáculos, o Cirque du Soleil tem, ao longo de vários anos, produzido conteúdos originais e inovadores para televisão, DVD e filmes através da sua divisão de multimédia chamada Cirque du Soleil Images. Em cada projecto, o Cirque du Soleil Images deseja capturar a mesma essência dos seus espectáculos. As suas criações têm recebido inúmeros prémios e distinções. Entre eles encontra-se o Midnight Sun, que ganhou o Prémio DVD Excellence em 2006 e o Prémio Gemini em 2005; o Cirque du Soleil Fire Within que ganhou um prémio DVD Excellence em 2005, além do Prémio Primetime Emmy e dois Prémios Gemini em 2003; e o Cirque du Soleil Presents Dralion que recebeu três Prémios Primetime Emmy, em 2001.
A editora Cirque du Soleil Musique é responsável pela criação, produção e venda dos temas musicais associados aos espectáculos actuais e futuros do Cirque du Soleil e pelo desenvolvimento da carreira de novos artistas por todo o mundo.
O Cirque du Soleil também está a diversificar as suas actividades comerciais apostando noutros mercados: merchandising e concessão de licenças. Tal como os seus projectos de multimédia, todas as actividades de merchandising e concessão de licenças devem respeitar os mesmo padrões rigorosos de qualidade e originalidade aplicados aos espectáculos.
A organização deseja, igualmente, estender as suas capacidades criativas a outras áreas de actividade. Com a colaboração dos seus parceiros de negócio, o Cirque du Soleil está a desenvolver projectos inovadores, especialmente no campo da restauração e lazer (restaurantes, bares, spas, etc.). Com uma abordagem única, o Cirque du Soleil estende a sua energia criativa a outros tipos de iniciativas, para criar uma nova forma de entretenimento.
“As capacidades acrobáticas, as fantasias, a música, as luzes, os cenários – todos estes elementos contribuem para o poder e a beleza da ilusão”, diz Nicolette Naum, Directora Artística dos espectáculos Quidam e Varekai, do Cirque du Soleil.
Nicolette passou vários anos como artista de rua, atravessando o Canadá de uma ponta à outra com o marido da altura, apresentando um acto de malabarismo muito aclamado. O casal era uma espécie de parte solta de uma família nómada de artistas de circo que incluía malabaristas, palhaços, músicos, e que deixava as multidões completamente espantadas com as suas acrobacias.
O duo aventurou-se depois pelos Estados Unidos da América, fazendo em seguida uma digressão pela Europa e Austrália, realizando espectáculos em espaços mais convencionais, como por exemplo o National Arts Centre, Ottawa. Em 1979 receberam uma bolsa para estudar Commedia dell'Arte na Califórnia.
Em 1991, Nicolette Naum juntou-se ao Cirque du Soleil inicialmente na parte de selecção do elenco. Em 1998, tornou-se a Coordenadora Artística da digressão europeia do Quidam. É a Directora Artística do Varekai desde 2002 e também do Quidam, desde 2005.
“A minha principal função é desafiar os artistas”, explica. “Sendo eu própria uma artista, acabo por compreender melhor as exigências emocionais e os riscos físicos envolvidos”.
“No circo, a atmosfera sonora é um poderoso canal de emoções. Pode indicar perigo, aumentar a tensão ou fazer disparar o riso. É impossível fugir à sua influência. O meu desafio é usar todas as ferramentas certas para criar a atmosfera capaz de transmitir as intenções do director criativo e, ao mesmo tempo, destacar a música e o desempenho dos artistas”.
Durante quase 20 anos, François Bergeron tem explorado mil e uma maneiras diferentes de tocar o coração do público em todo o mundo – através do som. O seu trabalho no Cirque du Soleil (Nouvelle Expérience, Saltimbanco, Quidam, “O” e La Nouba) já viajou por todo o globo, granjeando-lhe vários prémios. A revista Entertainment Design nomeou-o Sound Designer do Ano, em 1996, pelas suas instalações multimédia apresentadas na loja principal da Nike, em Nova Iorque, e pelo trabalho em Quidam, do Cirque du Soleil. Em 1999, ele e a equipa de designers do espectáculo “O” receberam o prémio da Themed Entertainment Association (THEA) na categoria “Live Show”.
Para além das suas numerosas contribuições como designer de som, François Bergeron foi o homem por detrás dos comandos das 560 apresentações da digressão norte-americana do espectáculo Nouvelle Expérience.
Em 2002, alguns meses antes da criação de Varekai, produziu os efeitos sonoros para a nova atracção Templo del Fuego, em Espanha (na Universal Studios/Port Aventura), para além de ter participado na criação do novo parque temático Tokyo DisneySea, no Japão (Porto Paradiso Water Carnival, DisneySea Symphony e Mermaid Lagoon Theatre, entre outros, para a Walt Disney Entertainment). Desde 1990, tem trabalhado para vários museus e produtores de espectáculos de variedades, produções teatrais e musicais na Europa, Ásia e América do Norte. Em 1997, recebeu o Prémio Drama-Logue pela sua contribuição no musical Peter Pan, com Cathy Rigby, que esteve na Broadway de 1997 a 1999, além de ter andado em digressão.
François Bergeron nasceu em 1964, em Saint-Hyacinthe, no Quebeque.
“O meu trabalho baseia-se em conversas com o director para esclarecer qual a intenção e visão do espectáculo. Nessa altura, e só nessa altura, é que começo a imaginar a forma como vou apresentar ao espectador uma interpretação do que se está a passar no palco”.
A dirigir a iluminação do espectáculo KÀ, Luc Lafortune está a contribuir para a sua décima segunda criação para o Cirque du Soleil. Luc tem estado ligado ao Cirque du Soleil desde o seu início em 1984. Nesse ano, foi contratado como técnico de iluminação dos bastidores. No ano seguinte, encontrava-se na cabina de controlo da iluminação durante a digressão de oito meses da jovem companhia. Em 1986, passou a ser designer de iluminação. Desde então, as suas criações de luzes têm feito digressões por todo o mundo.
No Cirque du Soleil, o seu currículo de criação inclui os espectáculos We Reinvent the Circus, Fascination, Nouvelle Expérience, Saltimbanco, Mystère, Alegría, Quidam, "O", La Nouba, Dralion, Varekai e ZUMANITY. Foi também co-director de fotografia para a gravação do vídeo do espectáculo Quidam.
Em 2002, trabalhou com o director Robert Lepage na criação da iluminação para a digressão mundial do cantor inglês Peter Gabriel, Growing Up. Muitos outros artistas e grupos de sucesso internacional têm reclamado os seu talentos. Desde 1996, tem trabalhado, entre tantos outros, com os No Doubt, The Eagles, os Gipsy Kings e com a companhia de circo suíça Salto Natale.
Luc Lafortune estudou Produção Teatral na Concordia University em Montreal. Inicialmente, interessou-se pela cenografia. “Um dia, durante um ensaio, descobri a capacidade da luz para definir um espaço, para dar uma enorme contribuição à imagem e ao espírito de um espectáculo!”, diz Luc. A experiência despertou nele uma paixão, visível ainda hoje em todo o seu trabalho.
A excelência do seu trabalho tem-lhe granjeado muitos prémios. Em 1992, o seu trabalho de iluminação para o espectáculo Saltimbanco valeu-lhe a atribuição do Prémio Drama-Logue Theater, prémio este dado pelos críticos da revista californiana de teatro com o mesmo nome. Em 1994, a revista Lighting Dimensions International (LDI) elegeu-o Designer do Ano. Em 1997, o espectáculo da Martin Professionals, The Atomic Lounge, onde Luc Lafortune foi director artístico, ganhou o prémio da LDI para o melhor espectáculo de luzes. Em 1998, recebeu o Prémio Entertainment Design pela sua iluminação no espectáculo "O".
Luc Lafortune é frequentemente convidado como orador, para partilhar os seus conhecimentos com alunos e profissionais por todo o mundo.
“Não vejo os movimentos como algo estilizado. Não me vejo como coreógrafa de qualquer tipo específico de dança”.
Uma mestra na emoção do movimento, Debra Brown é reconhecida mundialmente pelas suas coreografias únicas, que combinam o contorcionismo, a ginástica e a dança aérea. ZUMANITY é a sua nona criação para o Cirque du Soleil.
Apaixonada por acrobacia desde muito nova, Debra começou por estudar ginástica aos nove anos, explorando mais tarde as possibilidades criativas da dança. Depois de concluir os seus estudos em educação física na University of Western, Ontario, e em Artes, na York University, em Toronto, seguiu para Vancouver em 1978, onde criou coreografias para companhias de dança locais de renome e para a equipa de ginástica canadiana.
Em 1985, a conselho de uma amiga, Debra esgueirou-se para a Grande Tenda do Cirque du Soleil durante o intervalo para conseguir ver o resto do espectáculo. Conquistada pelo que viu, descobriu várias semelhanças entre a abordagem artística do Cirque e a sua própria abordagem. No ano seguinte, juntou-se à companhia como coreógrafa de We Reinvent the Circus, tendo depois realizado as coreografias para os espectáculos Nouvelle Expérience, Saltimbanco, Alegría, Mystère, Quidam, "O" e La Nouba.
Sempre disposta a diversificar e reinventar, Debra continuou a forjar o seu impressionante e pouco convencional percurso, trabalhando com artistas e grupos de uma ampla variedade de disciplinas artísticas. Na edição de 1990 do Festival Mondial du Cirque de Demain, em Paris, o seu trabalho com um grupo de contorcionistas – apresentando a sua famosa "coreografia quádrupla" onde quatro pessoas se tornam um veículo de qualidade – granjeou-lhe o Prémio de Most Outstanding Choreographer, atribuído pela imprensa soviética. Debra também criou números para a estreia mundial da ópera de John Corigliano, The Ghosts of Versailles, apresentada no Metropolitan Opera, em Nova Iorque, e para a ópera de Wagner, Das Rheingold, apresentada pela Lyric Opera de Chicago. Em 1995, trabalhou com Luciano Pavarotti na produção da La Fille du Régiment (A Filha do Regimento), apresentada na Metropolitan Opera, em Nova Iorque.
No topo da sua fama internacional, Debra virou-se para o universo da música rock, sendo a responsável pela parte coreográfica do vídeo “Jaded” e do enérgico espectáculo dos Aerosmith para os American Music Awards, de 2001, assim como para a digressão mundial de Madonna, Drowned World Tour, no mesmo ano. Debra trabalhou também com a cantora Björk.
Sempre desejosa de ultrapassar os limites da sua arte, Debra fundou o Apogee, em 1994, uma companhia em movimento que faz do trampolim a sua pista de dança. Foram apresentados excertos deste espectáculo em eventos de grande importância, tais como uma campanha de beneficência a favor da luta contra a SIDA, realizada por Elizabeth Taylor e Magic Johnson, em Los Angeles.
Ao longo dos anos, Debra tem recebido vários prémios e distinções. Na 14.ª edição dos Prémios Bob Fosse, em Los Angeles, em 1997, recebeu o Prémio Innovative Choreography em homenagem à sua excepcional contribuição para a coreografia e para a dança. Em 2002, levou para casa um Emmy pela sua coreografia num acto apresentado pelo Cirque du Soleil na entrega dos Prémios da Academia.
Debra Brown nasceu em 1954, em Brantford, Ontário.
“Compor é como dançar com o universo, num perpétuo movimento de criação de uma dança em constante mudança. A música, em todos os seus sentidos, é exactamente o que implica: a música é uma experiência que toca todos os sentidos. Pode fazer-nos chorar, ou encher os nossos corações de alegria, despertar a paixão sexual, evocar memórias e estimular respostas físicas de todos os tipos”.
Como director musical e compositor, Benoit Jutras tem realizado trabalhos que despertam todos os sentidos dos espectadores e dos amantes de música. Para além de compor para os espectáculos Quidam, “O” e La Nouba do Cirque du Soleil, também foi responsável pela banda sonora do filme Imax Cirque du Soleil Journey of Man (uma co-produção da Sony Pictures Classics e do Cirque du Soleil) e por toda a versão do Alegría, dirigido por Franco Dragone. Mesmo antes de criar estas cinco produções, Benoit Jutras já era um músico muito importante no Cirque du Soleil.
Começou a sua carreira com o Cirque em 1987, como director musical, trabalhando durante três anos na digressão We Reinvent the Circus, e passando, mais tarde, a director musical e co-compositor dos espectáculos da Digressão Europeia de 1990. Em conjunto com René Dupéré, compôs as bandas sonoras para os espectáculos Mystère e Fascination. Também escreveu a música e foi responsável pela direcção musical do espectáculo apresentado pelo Cirque du Soleil na Cimeira do G7, em Halifax, em 1995.
Em 1996, Benoit Jutras foi nomeado Best Circus Composer (melhor compositor para circo) no Festival Internacional de Circo de Monte Carlo. O prémio reconheceu o seu incrível trabalho como compositor e director musical num espectáculo conjunto entre o Cirque du Soleil e o Cirque Knie, que foi apresentado na Suíça.
Em 2000, compôs a banda sonora para a produção italiana Francesco Il Musical, baseado na vida e época de São Francisco de Assis. O espectáculo foi apresentado na cidade de Assis para marcar o advento do novo milénio.
Benoit Jutras tem um Mestrado em Composição pelo Conservatório de Música de Montreal, que lhe atribuiu dois grandes prémios.